Reflexos de um Crime- 1° capítulo.


 Cena 1:

“Era escuro, muito escuro. Ele me tocou à força!”.

(1 ano atrás.)

(Eloísa vai ao qarto da irmã, Mariana, e questiona:)

Eloísa- Mari, porque você não me deixa viajar com você para a fazenda?
Mariana- Helô, my dear, eu tenho 20 anos e vou viajar com amigos. Achas que vou te levar para estragar a viagem? Eu quero é curtir!
Eloísa- Mariana, me poupe. Já tenho 16 anos e sei do que faço, poxa! Deixa-me viajar contigo, por favor!
Mariana- Não! Eu já disse que não!
Eloísa- Então saiba que nossos pais saberão que você está usando drogas, irão te matar!
Mariana- Oi?  - Falou, impressionada-  Você está maluca? Eu nunca usei drogas!

(A cena vai para a delegacia)

Delegado- Mas você usava drogas?
Mariana- Não. Ela criou tudo isso. – Fala, em estado de choque.

(A cena volta para o diálogo entre as irmãs)

Eloísa- Acha que iriam acreditar em você depois do que fez semana passada? Deixa de ser otária, garota. Cansei! Vai me levar ou prefere ser expulsa de casa?
Mariana- Você me paga, sua pirralha escrota.
Débora- Mas você usava drogas?
Mariana- Não. Ela criou tudo isso. – Fala
Eloísa- Gosto assim, tudo do meu jeito, haha.,

(Delegacia:)
Débora- Como você conheceu Eloísa Jhonson?
Gabriel- Eu a conheci em uma fazenda. A fazenda era do meu pai, e havia uma festa. Convidei sua irmã, Mariana, e ela levou a Helô.

(Fazenda)
Daniel- Biel, a Mariane já chegou?
Gabriel- Ainda não. Estou ligando para ela mas nada de atender.
Rafael- Olha ela lá, já está chegando.
Daniel- Xi, é mesmo Rafa, haha. Minha diversão vai começar.
Gabriel- Quem é aquela gatinha que vem com ela?
Rafael- Tá louco, Biel? Ali é a Sandra, pô! Aquela que eu fiquei naquele dia.
Gabriel- Sim, dessa eu sei. Tô falando daquela do lado esquerdo. Parece bem novinha.
Mariana- Oi gente! – Cumprimenta cada um.
Sandra- Quanto tempo!
Gabriel- E quem é essa menina?
Mariana- É minha irmã, Eloísa. Sabe, meus pais foram viajar e tive que ficar com ela...
Gabriel- Sim, sei bem.
Eloísa- Mas só somos nós seis aqui mesmo?
Daniel- Não, a Renata ainda está para chegar.
Eloísa- Já vi que terei que segurar três velas...
Mariana- Olha mana, tem o homem do celeiro – ri.
Eloísa- Haha, que engraçado! – Diz, irônica. – Acha mesmo que eu iria gostar desse velho nojento?

(Josivaldo encara Eloísa, mas desvia o olhar após a garota perceber seu gesto.)

Gabriel- Olhe, eu não sei se você deseja, mas se quiser, estou aqui.
Mariana- Hey, nada disso. Minha irmã é muito nova para isso! E a Renata está aí por você, querido.
Gabriel- Calma! É brincadeira, relaxe.
Eloísa- Parem de papo idiota, me digam onde fica o quarto.
Gabriel- Venha, eu te mostro.
Mariana- Eu vou junto então.

(A cena parte para a delegacia)
Débora- Josivaldo, como conheceu a falecida?
Josivaldo- Na fazenda, estava no celeiro e ela apareceu...

(Um ano atrás)

(Eloísa chega ao celeiro.)

Eloísa- Nossa, que coisa suja. Ninguém vem a essa budega?

(Josivaldo chega por trás. Eloísa se espanta.)

Josivaldo- Sim, garota. Eu cuido daqui e gosto dele assim.
Eloísa- Só podia ser coisas de gordo. Você é um porco.
Josivaldo- E você é bem nojentinha para uma garota da sua idade!
Eloísa- Ok. Mas, você vive aqui?
Josivaldo- Sim.
Eloísa- Nossa. Como é viver num celeiro?
Josivaldo- É normal, com o passar do tempo você se acostuma. Você é uma das amigas do patrão, não?
Eloísa- Na verdade, minha irmã é amiga do filho do patrão. Vim de penetra. Mas o que é que tem?
Josivaldo- Achei estranho você aqui, no celeiro, enquanto poderia estar dentro da casa.
Eloísa- Não tenho paciência para besteiras daqueles whos...
Josivaldo- Mas, você não é muito nova para frequentar essas festas?
Eloísa- Querido, o que me falta de idade tem em experiência.
Josivaldo- Haha, duvido. Você deve ser mais uma daquelas meninas que se acham adultas mas que são mais infantis que recém nascidos.
Eloísa- Então eu te mostro o contrário, se quiser. – Eloísa dá um beijo roubado em Josivaldo.

(Delegacia)

Débora- Foi um beijo roubado mesmo?
Josivaldo- A senhora me perguntou, ainda tem dúvida? Assim não dá.
Criminalista- Aqui quem tem que fazer pergunta é a delegada. Você só tem o direito de ficar calado.
Josivaldo- Tudo bem. Mas já contei tudo o que tinha que contar. Posso ir embora, senhora delegada e senhora criminalista? – Questiona, irônico.
Criminalista- A porta está aberta, mas não pense que se livrou.
“Nunca acredite nessas pessoas, elas são más, à ponto de cometerem coisas inimagináveis...”

(A cena continua na delegacia, mas, dessa vez, com outra suspeita)

Delegada- Conte-me o que aconteceu naquela noite da fazenda entre você e Eloísa.
Renata- Eu não abro a minha boca para nada! Eu quero sair daqui!
Delegada- Escute bem, garota: Eu não estou aqui para brincadeira e para satisfazer seus gostos. Conte agora o que houve naquela noite ou irá imediatamente para trás das grades!
Renata- Eu não vou falar nada! – Grita, aos prantos. – Eu quero esquecer dessa garota, eu quero tirá-la da minha cabeça. Por favor!!!!!!!
Criminalista- Se acalme. Delegada, o melhor a se fazer é deixá-la ir para sua casa, está muito abalada. Peixoto, dê um calmante à moça. Depois lhe interrogamos, Renata.

(Renata toma o calmante e sai, acompanhada da sua mãe.)

“As vadias sempre se dão bem”
Renata- Eu juro, eles nunca saberão do nosso segredo, Helô. EU JURO!
“Sempre existe uma saída para vermes, nem que seja por meio de mentiras...”
Cristiane- Calma, minha filha. Ninguém saberá do que aconteceu.
“Tolices...”

(Renata e Cristina pegam um táxi. A câmera vai para o alto do prédio.)

“E até mesmo pela falsidade.”

(A câmera para em frente de uma janela escura. Alguém entra.)
“E aqueles que você considera como ‘amigos’...”

(Após a luz acender, a Delegada aparece na sala e abre uma gaveta de um birô velho.)
“São, na verdade,”

(Débora pega uma faca, e olha para a mesma confiante.)

“Inimigos mortais”.


Uma minissérie de: André Fernandes, Vinícius Mello e Mattheus Lopes.
Direção: André Fernandes (Amorinha + Dennis).