Paraíso - A história de amor entre "Santinha" e o "Filho do diabo"


Bom dia pessoal! O post de hoje vai falar sobre um grande sucesso que levantou a audiência do horário das seis,"Paraíso".

A TRAMA


Numa feira do sertão baiano, Eleutério cismou em comprar uma estranha relíquia: um diabinho postado dentro de uma garrafa, que manteve escondido, não obstante os
protestos – das empregadas, dos colonos e de Nena, sua mulher. Quando, porém, sua esposa faleceu depois do parto do filho do casal, não demorou para o povo culpar o tal diabinho pelo ocorrido. E, pior que isso, atribuir a ele a paternidade do recém-nascido.

O tempo passou, o menino cresceu, e a história se perpetuou. O belo e inquieto José Eleutério, conhecido como Zeca, ganhou e fez jus à fama que trazia desde o berço. Onde quer que chegasse, era tido como o “filho do diabo”.

Zeca se formou em direito e agronomia e ganhou o codinome de “peão dotô”. Pouco interessado nos títulos, o que ele queria mesmo era seguir pelas estradas montado em seu cavalo. Com os diplomas pendurados na parede, partiu em comitiva, sem imaginar a surpresa que o aguardava, arrebatando seu coração para sempre.

Na volta para casa, Zeca e o amigo Terêncio corriam em suas montarias pela estrada de chão que levava à fazenda de Eleutério. Na direção contrária, a charrete da santinha. E o encontro. O cavalo do peão doutor empinando. O cavalo da charrete também. Os olhares cruzando. O seu, com o olhar da doce Maria Rita. Bastou isso para que nascesse ali uma linda e conturbada história de amor.

Ao contrário de Zeca, criado solto no mundo, Maria Rita passou parte de sua vida num colégio de freiras. Por isso, nunca teve muitas histórias para contar, exceto a que lhe acompanha desde menina: a de que é santa. A mãe beata, Mariana, a criou na igreja assistindo a missas e ouvindo rezas. Não bastasse isso, prometeu que a filha viraria freira e passou a vida alimentando versões sobre sua santidade. O pai, o fazendeiro Antero, nunca teve forças para lutar contra as histórias inventadas pela mulher.

No dia da ordenação da filha, Antero comemorou quando a madre superiora confirmou o que ele já sabia: Maria Rita não tinha vocação para o celibato. Mariana se desesperou, chorou copiosamente e se revoltou com a escolha da jovem, que finalmente voltou para casa. Na verdade, isso era coisa do destino. Maria Rita só entendeu isso quando seus olhos se cruzaram com os do filho do diabo.

Essa é a incrível história de amor de Zé Eleutério e Maria Rita. Ele, o “filho do diabo”, e ela, a “santinha”, numa pequena cidade chamada Paraíso. Amor que se torna mais acirrado quando Santinha, rezando reclusa em seu quarto, consegue o “milagre” de salvar Zé Eleutério, que estava aleijado por ter sofrido uma queda num concurso de peões de boiadeiros. Ela, em pagamento pela graça recebida, vai para o convento – realizando o grande sonho de sua mãe. Ele, apaixonado e grato, rapta a futura freirinha.

RECEPÇÃO DO PÚBLICO


A novela foi responsável por reverter a baixa audiência que o horário das seis estava registrando,conquistou o público e fechou com uma média geral de 26 pontos. A trama chegou a registrar médias entre 30 a 32 pontos e conquistou 30.0 pontos de média semanal,o recorde semanal da trama. Com o bom desempenho de Paraíso, a Globo solicitou que a novela fosse espichada em aproximadamente 30 capítulos.

CURIOSIDADES DA TRAMA


A novela original foi escrita por Benedito Ruy Barbosa para combater a concorrência,em entrevista, o autor explicou:
“O SBT tinha um programa [O Povo na TV] em que valia tudo. Padre benzia, e as pessoas colocavam em cima dos aparelhos de TV um copo d’água e bebiam depois, para curar até câncer. Aquilo começou a dar audiência e, quando chegou a 20 pontos, o Boni [José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, então vice-presidente de operações da Globo] me chamou e falou que tínhamos um problema para resolver. Eu falei: “Me deixa pensar um pouco'”.
“Depois fui falar com ele e disse: “O SBT está botando água em cima da televisão e falando que a água é benta por Nossa Senhora […]. Acho que, para combater aquela ave-maria, só mesmo um casamento do filho do diabo com a santinha”. E o Boni: “Está aprovada”..

Barbosa se inspirou em personagens reais que conheceu quando trabalhava na fazenda da família, em Gália (a 393 km de São Paulo).
“Já plantei café, já bati feijão, já colhi arroz. Paraíso tem muito a ver com minha experiência na fazenda. Santinha foi uma linda menina que conheci. Já o filho do diabo eu inventei”, afirmou.

Anos mais tarde a novela foi adaptada pela filha de Benedito,Edmara Barbosa,a trama conquistou grande audiência e até hoje é muito lembrada pelo público,que torce por uma reprise no "vale a pena ver de novo".

Mesmo sendo uma novela de 26 anos antes, Paraíso trouxe elementos atuais, como explicou o próprio autor.
“O texto traz enfoques políticos, aborda a questão agrária, alerta sobre o desmatamento e mostra a chegada do progresso à pequena cidade de Paraíso”, disse Benedito.
As filhas do autor, Edmara e Edilene, foram as responsáveis pela atualização da trama e assinaram esta nova versão.

Nathalia Dill quebrou o braço direito no dia 01/10/2009, durante a gravação do último capítulo de Paraíso. A atriz estava andando a cavalo quando levou um tombo. Ela estava numa locação em Guaratiba, Zona Oeste do Rio, gravando a cena em que sua personagem, Maria Rita, foge a cavalo da igreja. A atriz tomou analgésicos e foi levada a uma clínica em Botafogo, para tirar radiografias.

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Bom pessoal,o texto de hoje foi esse! Espero que tenham gostado e até a próxima!

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