Nos Trilhos: Capítulo 17


Novela de

Sandy

 

Escrita por

Sandy


 Classificação: 



Personagens deste capítulo:

ANA e antítese de Ana (Carolina Kasting)

CARLO (Danton Mello)

GISELE (Christine Fernandes)

LÍVIA (Lucy Ramos)

BEATRIZ (Nívea Maria)

CARLA (Débora Falabella)

LIZA (Vivianne Pasmanter)

NANDO (Chay Suede)

PAULO (Murilo Benício)

PEDRO (Dan stulbach)

LEILA (Giovanna Rispoli)

HELOISA (Ângela Vieira)

LÚCIO (Dalton Vigh)

LOLA (Maria Clara Gueiros)

HEITOR (Marcelo Médici)

HENRIQUE (Petrônio Gotinjo)

MAXIMILIANO (Emílio Orciollo Netto)

VIRGÍLIO (Marcelo Melo jr.)

VIRGINIA (Lavínia Vlasak)

CAROLINA (Isabel Fillardis)

LEANDRO (Fernando Pavão)

BELLA (Barbara França)

EMÍLIO (Danilo Mesquita)

 

Título do capítulo de hoje: "Imagens e sons saem da televisão".



CENA 01 CASA DE CARLA INT/NOITE



 

Num sofá estão Heloisa com Pedrinho no colo e Leila, no outro Max está abraçado com Carla.

 

HELOISA: Linda, lindíssima, deslumbrante essa minha filha...

 

LEILA: Silêncio mãe, se não eu não vou conseguir escutar nada!

 

Max fala baixinho no ouvido da namorada

 

MAX: Tua mama è giusta, tu sei veramente bela em questo filme!

 

CARLA: A opinião de vocês não conta...

 

MAX: Perchè?

 

CARLA: Por que todos vocês me amam, e me arrisco a dizer que muitíssimo! Ao menos fique tranquilo, seus elogios são um delicado carinho para mim, e nunca vão alimentar a minha tímida vaidade!

 

MAX: Então l'opinione di un inimigo é mais confiável que de un amico?

 

CARLA: Depende do inimigo, alguns são justos, os outros não perdem a oportunidade de pisar no seu calo...

 

Heloisa não interrompe a conversa entre os dois demonstrando uma explosão e felicidade.

 

HELOISA: Bravo, bravíssimo! Minha filha é uma artista com A maiúsculo! Uma grande e maravilhosa atriz!

 

MAX: Poi concordo signora Luísa! Questa donna è molto talentuosa!

 

Carla fica vermelha, Max lhe dá um beijo na bochecha. Close na televisão: cena da mazurca entre Vronsky e Anna, CORTA PARA:

 

CENA 02 APARTAMENTO DE GISELE INT/NOITE

 

Gisele assiste sozinha toda estirada no sofá: a química em cena entre Leandro e Carla a impressionam.

 

GISELE: Vem assistir comigo, tá tudo tão lindo... É tão legal imaginar a contribuição da Ana, da nossa amiga de tantos anos, por trás de tudo isso!

 

Lúcio responde do quarto.

 

LÚCIO: Tô num atípico momento de inspiração, por favor não me atrapalhe... Depois eu vejo por aí pela internet...

 

GISELE: Vamos combinar que não é a mesma coisa, que ver comigo enquanto está passando na TV...

 

Lúcio ignorar o apelo da mulher, Gisele faz uma careta, e suga com sofreguidão o suco de caixinha, CORTA PARA:

 

CENA 03 APARTAMENTO DE HEITOR INT/NOITE


 


Heitor está abraçado com Júlia num sofá e Bella está sentada numa cadeira de palha trançada, bem desconfortável.

 

HEITOR: Quer vir aqui pro sofá, aí eu vou pra aí, já tô acostumado com essa cadeira!

 

Bella aceita e se levanta, Julia se solta do namorado a contragosto.

BELLA: Obrigada, você é um bom amigo!

 

HEITOR: Quer mais salgadinhos? Não! Vou buscar batatinha frita pra você!

 

Heitor vai para a cozinha, deixando as garotas sozinhas.

 

JULIA: E o teu namorado?

 

BELLA: A gente não é bem namorado, sabe... É só um lance mesmo... Faz um tempo que nos falamos...

 

JULIA: Ele não te chamou pra ver? Acho que a coisa esfriou, mesmo com todos esses anos de enrolação o Heitorzinho sempre me intima pra ver as coisas que ele produz...

 

BELLA: Ele não me chamou, e eu fiquei meio desconfortável em fazer o convite...

 

JULIA: Estamos na década de 20 do século XXI, as mulheres precisam ter atitude! Eu mesma vou arrastar o meu queridinho por altar, queira ele ou não!

 

Bella esboça um sorriso amarelo, Heitor volta e entope a boca de todas com batata frita. Na televisão, mais uma cena entre Vronsky e Anna.

 

VRONSKY: Não é mais um jogo, nossos corações e a sorte de muita gente estão em perigo!

 

ANNA: Nunca foi um jogo, nunca!

 

CORTA PARA:

 

CENA 04 APARTAMENTO DE EMÍLIO INT/NOITE

 

Emílio chora assistindo a minissérie, deitado no sofá está rodeado de lencinhos de papel usados... Na televisão, uma cena entre Vronsky e a mãe.

 

CONDESSA VRONSKAIA: Está começando a me parecer uma paixão desesperada, que não conhece limites e não poupará ninguém!

 

A campainha toca, ele se levanta e vai atender: se surpreende com Nando.

 

NANDO: Não tinha com quem assistir... Posso ficar...

 

EMÍLIO: E a Bella?

 

NANDO: A gente anda meio distante, não quis incomodar...

 

EMÍLIO: Pode assistir comigo sim, mas já começou, o episódio já tá pra mais da metade...

 

NANDO: Não tem problema não...

 

Os dois se olham, CORTA PARA:

 

CENA 05 APARTAMENTO DE LIZA INT/NOITE

 

Liza e Pedro começam a jantar.

 

PEDRO: Não vai desligar a televisão?

 

LIZA: Dá pra a gente escutar, deixa ligada...

 

PEDRO: Mas não dá pra ver...

 

LIZA: Uma pena, tá tudo tão lindo... Mas depois a gente vê direito pela internet!

 

Os dois comem um tempinho em puro silêncio.

 

PEDRO: Não me sinto confortável, eu tô lutando na justiça contra a minha ex-mulher atriz...

 

LIZA: Sem necessidade, apenas para mostrar força! Deixa o menino com a mãe, é melhor para todos nós...

 

PEDRO: Ela que é uma prepotente egoísta, recusou a minha proposta de guarda compartilhada!

 

LIZA: Isso me surpreendeu, ela é tão sensata...

 

PEDRO: E eu sempre fui um bom pai, nunca fui ausente na vida do Pedrinho... E não falo de brincar antes do jantar, não só isso, eu dava banho, levava pra escola, dava bronca...

 

LIZA: Talvez seja só uma tentativa de se proteger, ela projeta no filho as dores da separação, acho que é um comportamento natural...

 

PEDRO: É cruel... Ela devia bater em mim, em você, como qualquer mulher traída faria... E não ceder a surtos de proteção excessiva com o moleque!

 

LIZA: Talvez ela só tenha medo de perdê-lo, medo de que cedendo, você o afaste dela...

 

PEDRO: Medo idiota, eu jamais separaria mãe e filho...

 

Liza sorri compreensiva, CORTA PARA:

 

CENA 06 APARTAMENTO DE ANA INT/NOITE

 

Os créditos descem na tela da televisão, Ana sorri ao ler o seu nome entre os roteiristas. Toca a campainha, ela vai abrir e Leonora entra com uma garrafa de champanhe nas mãos.

 

LEONORA: Me emocionei muito assistindo ao nosso trabalho... Mas não tinha com quem brindar, então resolvi dar um pulinho por aqui meus pombinhos queridos!

 

Ana fecha a porta atônita e Leonora é recebida com abraço pelo filho.

 

LEONORA: Aninha, por favor, pode pegar umas taças bem charmosas? Tragas as melhores, nada me dá mais nos nervos que copo de requeijão reaproveitado!

 

PAULO: Pode ficar tranquila mãe, a Ana tem taças de cristal de muito bom gosto!

 

Em silêncio, Ana vai pegar as taças e logo volta com lindas peças de cristal rose.

 

LEONORA: Que lindas, de muito bom gosto! Combinam com o meu champanhe importado e caríssimo!

 

ANA: É quase uma herança de família, foram presente da minha mãe!

 

Loenora começa a despejar o champanhe nas três taças.

 

PAULO: Você não fala muito da sua mãe, querida... E também nunca me mostrou nenhuma foto dela...

 

LEONORA: Precisamos marcar um jantarzinho entre as duas famílias, imagino que o seu pai/

 

ANA: Não vejo o meu pai anos, desde que se divorciou da minha mãe, a muitos anos atrás...

 

LEONORA: Ótimo, ex-maridos barrados do nosso jantar, não ia suportar aquele papinho de comadre do meu, o Raulzito...

 

PAULO: Papai está em férias permanentes pela Europa, difícil seria localizado em algum resort na França ou na Itália e convidá-lo para esse jantar...

 

Os três brindam, Ana tenta disfarçar o constrangimento, CORTA PARA:

 

CENA 07 CASA DE CARLA INT/NOITE

 

Max e Carla conversam na varanda.

 

MAX: Tu sei preoccupata com o que?

 

CARLA: Com o processo do meu divórcio, com o imbróglio envolvendo o Pedrinho... Não queria que ele sofresse com isso tudo!

MAX: Então perché não aceitou dividir a guarda do ragazzino?

 

CARLA: Não sei, mas eu sentia, quando o advogado dele fez essa proposta, como se o Pedrinho fosse ser afastar de mim, se eu a aceitasse... Hoje, eu sei que era uma bobagem, eu não deveria ter recusado!

 

MAX: Ma, tu sei uma cabeça dura e non vai voltar atrás, non è?

 

CARLA: Não sei, talvez eu tome coragem para assumir o meu erro e voltar atrás, preciso pôr a cabeça num travesseiro e pensar melhor...

 

Max beija-lhe a testa delicadamente.

 

MAX: Sono in pace, sei que vai acabar tomando a decisão certa, come sempre!

 

CORTA PARA:

 

CENA 08 APARTAMENTO DE EMÍLIO INT/NOITE


 


Nando pegou no sono no sofá, Emílio vai até o quarto e volta com cobertor: cobre o amigo delicadamente, sente o doce hálito do rapaz.

 

EMÍLIO: Boa noite, durma bem...

 

De repente Nando abre os olhos, até então fechados, os dois ficam parados naquela posição em silêncio; Até que Nando, num impulso, rouba um beijo do dono da casa.

 

EMÍLIO: Pensei que você estivesse dormindo...

 

NANDO: E estava, mas quando você está por perto, sinto um tremor, meu coração dispara...

 

EMÍLIO: Mesmo sem me ver?

 

NANDO: O meu coração sente, sente o calor do seu corpo!

 

Os dois se beijam apaixonadamente, CORTA PARA:

 

CENA 08 APARTAMENTO DE EMÍLIO INT/DIA

 

Emílio olha Nando acordando.

 

NANDO: Sou mais bonito acordado ou ressonando com a cara amassada?

 

EMÍLIO: Você é bonito de qualquer jeito! Com a cara amassada, a barba por fazer... É bonito de manhã, de tarde ou a noite e principalmente de madrugada!

 

NANDO: Assim eu fico com vergonha...

 

EMÍLIO: Não me parece envergonhado, está sorrindo com uma cara de safado!

 

NANDO: Todas as minhas expressões, pelo menos do seu lado, sempre vão ter um quezinho de safadeza...

 

EMÍLIO: Não me deixa confuso! É tudo tão lindo, parece um sonho perfeito, mas quando penso na minha amiga, na minha melhor amiga... Me sinto sujo, o maior de todos os pecadores... Um traidor!

 

NANDO: A tempos que eu e a Bella não temos mais nada, acabou, ou como diz um amigo do meu primo: è finito! E eu gosto de você, você gosta de mim, não estamos cometendo nenhum pecado!

 

Emílio sorri e o beija, FADE IN PARA:

 

CENA 09 PRAIA DESERTA INT/NOITE


 


Stocks shots da cidade demonstram o passar do tempo: Ana guia Paulo pela areia fofa pela mão.

 

ANA: Eu gosto do som do mar, me acalma: eu fecho os olhos e esqueço de mim mesma, das minhas dores, das minhas dúvidas... Apenas escuto o som provocado pelas ondas indo e vindo...

 

PAULO: Desde que te conheci, minha admiração pela tua coragem apenas aumentou, coração de ser autêntica e verdadeira, num mundo injusto como o nosso!

 

ANA: Mas nem sempre foi assim, antes eu tinha medo, olhava para a água escura e profunda; e tinha medo do desconhecido, do que não conseguia entender. Talvez seja um pouco de imprudência, mas hoje só temo o que já conheço...

 

PAULO: Teme se ferir de novo?

 

ANA: Eu dou a cara a tapa para as possibilidades que o desconhecido oferece, mas já cai demais do cavalo... Insistir no erro é burrice e não coragem! Mas mesmo calejada, posso finalmente dizer: me abri pra vida!

 

Ana levanta a mão direita com o anel que ganhou de Paulo.

 

ANA: Você me disse que esse anel poderia significar tudo, ou nada, não disse?

 

PAULO: Disse sim, depende apenas de você.

 

ANA: Eu escolho tudo, abro meu coração para um homem especial, inteligente e criativo... Doce, e na maioria das vezes, sempre justo!

 

Paulo a aperta contra sim.

 

PAULO: É um pedido? Não posso acreditar que está me pedindo em casamento!

 

ANA: Finja que me fez um pedido explícito, quando me presenteou com esse lindo anel... Ou então jogue a vaidade masculina fora e aceite o meu!

 

PAULO: Eu te aceito, como você, essa mulher forte e sensível, inteligente e muito mais justa do que conseguir ser em toda a minha vida!

 

Ele se ajoelha na areia.

 

ANA: O que está fazendo, vai se machucar! Os seus joelhos!

 

PAULO: Quero fazer a minha parte, Ana, aceita esse diretor falido?

 

ANA: Sim, sim, mil vezes sim! Não poderia ser diferente!

 

Os dois se beijam, ele a levanta romanticamente em seus braços, CORTA PARA:

 

CENA 10 APARTAMENTO DE PAULO INT/NOITE



 

ALGUMAS SEMANAS DEPOIS, Paulo e Ana reúnem amigos e parentes para um jantarzinho de noivado.

 

CARLA: Só posso parabenizar o meu primo, e torcer para que num futuro não tão distante, me torne grande amiga sua!

 

Ana e Carla dão-se as mãos.

 

ANA: Você conquistou o coração de um grande amigo meu, quando piscar os olhos, já vamos estar agindo como amigas de infância!

 

LEONORA: Todas as minhas amigas de infância me abandonaram, me contento hoje com umas bajuladoras do clube que eu e o Paulinho frequentamos... Mas não existe complacência ou cumplicidade: quando jogamos carteado nenhuma perdoa as dívidas das outras...

 

PAULO: A senhora brigou com todas as suas amigas, as do carteado inclusive... e não deveria jogar à dinheiro, quer transformar o clube em um cassino clandestino?

 

LEONORA: Briguei sim, mas isso não significa necessariamente uma ruptura, se fossem amigas de verdade perdoariam minhas faltas...

 

GISELE: Há faltas que não merecem perdão, e amigos falsos não devem ser perdoados... Me desculpem pela amargura, mas é que hoje em dia não se encontram amigas sinceras como a Ana!

 

Ana dá as mãos a amiga.

 

GISELE: Todos estão preparados para lhe apunhalar pelas costas na primeira oportunidade!

 

LÚCIO: As relações femininas são assim, sempre em extremos: as mulheres se protegem de tudo e todos, principalmente de nós homens, mas quando se estranham... Melhor sair do seu caminho, inimigas até a morte!

 

HELOISA: Será sobre isso o seu livro? Eu li o seu trabalho anterior e me chamou muita atenção a forma como delineia seus personagens!

 

LÚCIO: Não, não! Não sou competente ao ponto de tentar criar um esboço da psiquê feminina, me restrinjo as minhas intimas questões...

 

HELOISA: Me deixou curiosa, qual é o tema exatamente...

 

LÚCIO: Paternidade.

 

PAULO: Um tema que rende, ou pelo menos a ausência dela, meu pai sumiu pela Europa e nem eu sei exatamente onde ele se meteu!

 

LEONORA: Só sinto falta do dinheiro, das joias que o Raul me presenteava... O corpo físico, por mim, poderia estar queimando nas chamas do inferno!

 

Todos riem, mas sentem-se desconfortáveis com acidez de Leonora.

 

LÚCIO: A história é sobre um cara que queria muito ser pai, durante a vida toda... Mas por circunstâncias diversas, esse desejo não se realiza. Já no fim da vida, meio senil, ele tem a companhia de um “amigo imaginário”, quase como uma recordação da infância, e começa a trata-lo como o filho que nunca teve...

 

HELOISA: Filho-imaginário, um bom nome!

 

LÚCIO: Sem dúvidas...

 

Gisele reprime uma careta, Ana fala em seu ouvido.

 

ANA: Espero que não seja um livro autobiográfico...

 

GISELE: A gente já conversou um milhão de vezes sobre isso, ele me garantiu que isso não é mais uma questão na nossa vida... Não há ressentimentos, espero que seja só um tema aleatório...

 

Leonora chama a atenção de Ana.

 

LEONORA: E a sua mãezinha, minha criança? Não vem? Estou muito curiosa para conhece-la!

 

Ana olha no seu relógio de pulso.

 

ANA: Ela me garantiu que vinha, mas está bastante atrasada... Vamos ter que começar sem ela!

 

Ana se levanta e todos a seguem para a mesa da sala de jantar, CORTA PARA:

 

CENA 11 APARTAMENTO DE MAX INT/NOITE

 

Max conta a Carlo sobre o jantar de noivado.

 

MAX: Não fui por tua causa, per te!

 

CARLO: Noivado! Como ela conseguiu me esquecer tão rápido!

 

MAX: Tu sabe que eles se envolveram prima che torniamo de viagem, mas duvido que ela tenha se esquecido di te!

 

CARLO: Eu sei que ela teve um caso com ele, enquanto eu não voltava... ela já teve rolos com tantos, mas nada tão sério assim... Me dói imaginar que daqui uns meses ela estará subindo num altar, com aquele engomadinho do lado!

 

MAX: Precisa superar e eu estou aqui, do teu lado, capisci?

 

CARLO: Minha vida não mudou, não foi pra frente e nem retrocedeu... Está parada, estacionada, enquanto a dela corre livremente sem mim! É humilhante!

 

Carlo cai em prantos e é abraçado pelo amigo.

 

MAX: Passerà, tutto passerà!

 

CORTA PARA:

 

CENA 12 APARTAMENTO DE PAULO INT/NOITE

 

Todos estão jantando e elogiando os dotes culinários de Paulo.

 

ANA: Sou péssima na cozinha, sempre fico afobada e estrago tudo!

 

HELOISA: Com o casamento vai aprender a ser mais paciente, compreensiva...

 

LEONORA: Não escute as abobrinhas ilusórias da minha irmã, meu filho é um gentleman, mas me arrisco a dizer que é possível que a você perca o pouco de paciência que ainda conserva...

 

Todos riem, a campainha toca.

 

ANA: Deve ser mamãe!

 

PAULO: Fique aí sentada, vou receber minha sogrinha!

 

Paulo se levanta e dali alguns segundos, Beatriz e Alfredo aparecem deslumbrantes, inclusive ela veste o lindo vestido vermelho (igual ao que Ana ganhou de Paulo).

 

LEONORA: (Atônito) Vocês dois por aqui? Isso só pode ser uma piada de mal gosto!

 

FIM DO CAPÍTULO.


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