Nos Trilhos: Capítulo 23 (ÚLTIMA SEMANA!)



Novela de

Sandy

 

Escrita por

Sandy


 Classificação: 



Personagens deste capítulo:

ANA e antítese de Ana (Carolina Kasting)

CARLO (Danton Mello)

GISELE (Christine Fernandes)

LÍVIA (Lucy Ramos)

BEATRIZ (Nívea Maria)

CARLA (Débora Falabella)

LIZA (Vivianne Pasmanter)

NANDO (Chay Suede)

PAULO (Murilo Benício)

PEDRO (Dan stulbach)

LEILA (Giovanna Rispoli)

HELOISA (Ângela Vieira)

LÚCIO (Dalton Vigh)

LOLA (Maria Clara Gueiros)

HEITOR (Marcelo Médici)

HENRIQUE (Petrônio Gotinjo)

MAXIMILIANO (Emílio Orciollo Netto)

VIRGÍLIO (Marcelo Melo jr.)

VIRGINIA (Lavínia Vlasak)

CAROLINA (Isabel Fillardis)

LEANDRO (Fernando Pavão)

BELLA (Barbara França)

EMÍLIO (Danilo Mesquita)

 

Título do capítulo de hoje: "Reencontro".




CENA 01 CONTINUAÇÃO IMEDIATA DA ÚLTIMA CENA DO CAPÍTULO ANTERIOR APARTAMENTO DE ANA INT/DIA


 


PAULO: Depois que casamos, ela também se tornou algo meu, eu prometi a Beatriz que ia cuidar de você!

 

ANA: Não devia ter feito essa promessa, eu não era uma jovem virgem e indefesa quando me casei com você: a muito tempo apreendi a me virar sozinha num mundo de mentiras!

 

Paulo encara a mulher no auge da tensão.

 

ANA: Se não confia em mim, pode ir também.

 

Ela levanta a mão e mostra o anel de casamento.

 

ANA: Mas aonde quer que eu vá, sempre que eu olhar para isso, vou pensar em você... Em tudo o que a gente construiu... Vou me lembrar do seu bafo quando acorda de manhã e me dá um beijo no rosto, não vou esquecer da minha gaveta de meias bagunçada, que você insiste em arrumar enrolando cada um dos pares! Vou me lembrar até do pó que você empurra pra debaixo da estante enquanto eu tô distraída!

 

Paulo enlaça a mulher rente a seu corpo.

 

PAULO: Vou sentir saudades, longe de você me sinto incompleto, sem o melhor de mim!

 

ANA: Mas eu sou falha demais, não superestime um coração humano.

 

Paulo abraça a mulher em silêncio, CORTA PARA;

 

CENA 02 CANTINA INT/DIA


 

Carla e Pedro tomam um cafezinho relaxante.

 

PEDRO: Quem diria que voltaríamos a uma convivência tão amigável.

 

CARLA: Depois que o som do trovão cessa, é por que a tempestade está acabando.  E faz tanto tempo que passamos pelo auge da tempestade...

 

PEDRO: Por um tempo achei que nos odiávamos...

 

CARLA: Nunca achei que chegássemos a tanto, só estávamos com raiva...

 

PEDRO: Mas raiva é o motor de guerras, de rivalidades, de ódios...

 

CARLA: A raiva também nos ajuda superar limites, a quebrar barreiras e a construir coisas novas...

 

PEDRO: Pela força do ódio?

 

CARLA: Ninguém olha pra Esfinge, para a Muralha da China ou pro Coliseu e se pergunta qual foi a força que moveu aquilo tudo... O que move o poder, na maioria das vezes, é a raiva...

 

PEDRO: Você anda cada vez mais filosófica.

 

CARLA: E pessimista?

 

PEDRO: Não digo tanto, de um jeito meio torto você conseguiu ser positiva nessa colocação...

 

CARLA: Na minha profissão apreendi a não deixar escapar nenhum sentimento, a reagrupa-los e construir um personagem. Não sou exatamente uma atriz intuitiva, ainda que não calcule cada passo dado dentro do set de filmagens...

 

Pedro sorri e toma mais um gole de café preto.

 

CARLA: Vamos dar uma olhada nele, antes de irmos embora?

 

Pedro nada fala, termina o café e faz o pagamento, logo depois surpreendentemente ele oferece o braço a ex: Carla fica meio sem reação, mas acaba aceitando a gentileza e os dois se encaminham de braços dados até a sala de aula, CORTA PARA:

 

CENA 03 APARTAMENTO DE ANA INT/DIA

 

Ana coloca a roupa para rodar na máquina de lavar, enquanto ela observa o movimento circular das peças, recebe novamente a visita de seu alter-ego.

 

ANNA: Seu marido é um santo, ou um corno mais manso que o Kariên!

 

ANA: Ele não vai ser corno.

 

ANNA: Tenho as minhas dúvidas...

 

ANA: O Carlo ficou no meu passado, quem sabe nessa busca eu consiga deixá-lo pra trás de uma vez por todas!

 

O espectro se move pela sala e sentassem em cima da pia da lavanderia.

 

ANNA: Às vezes eu me sinto um papagaio de pirata, fico repetindo sempre as mesmas coisas sem receber resposta nenhuma!

 

ANA: Então bata as asas e vá embora!

 

Anna aperta os braços da outra.

 

ANNA: Seja honesta consigo mesma e com o Paulo, antes que seja tarde demais! É a última vez que vou avisar!

 

ANA: Não acho que esteja me traindo ou o traindo, estou com a consciência limpa...

 

ANNA: Deixa de ser lerda, sua quarentona teimosa! Eu sou a tua consciência, eu sou parte de você e te digo: pior do que mentir para os outros é mentir para si mesmo!

 

O espectro desparece, deixando Ana sozinha em volto em névoa, CORTA PARA:

 

CENA 04 APARTAMENTO DE CARLA INT/DIA


 

Heloisa e Max folheiam alguns álbuns de família.

 

HELOISA: Essa aqui é do casamento dela, não tá linda né? O vestido eu ajudei a escolher o modelo... Me lembro como se fosse hoje, minha irmã arrumando o véu pro caimento ficar bom por cima das costas dela...

 

Max mira uma foto de Pedro trajado com um lindo smoking acetinado e passa mal. Heloisa rapidamente fecha o álbum.

 

HELOISA: Você tá bem? Me desculpa, sou muito sem noção de mostrar o álbum de casamento pro namorado dela!

 

MAX: Que isso, non se importa con me, foi só una queda de pressão...

 

HELOISA: Vou fazer um cházinho pra gente, você vai se sentir melhor!

 

Enquanto ela sai, ele põe as mãos na cabeça sentindo um estremecimento, CORTA PARA:

 

CENA 05 ÔNIBUS INT/DIA

 

Sentada entre um adolescente e uma senhora, Gisele escreve algo em um bloquinho, até que o veículo para em seu ponto e ela se apressa para descer, CORTA PARA:

 

CENA 06 EDITORA SOGNARE INT/DIA

 

Gisele conversa com Henrique, ele está abatido pela situação financeira da editora.

 

HENRIQUE: Escreveu um livro? Não sabia que você tinha essa vontade!

 

GISELE: É mais necessidade: na situação que o país se encontra, ninguém vai comprar um livro caríssimo, todo ilustrado em papel couchê! Eu preciso viver, e não quero lhe arrastar ainda mais para o fundo do poço!

 

HENRIQUE: A situação da editora é apenas minha culpa, fiz escolhas erradas, achei que não devia ceder em nenhum ponto às demandas de mercado...

 

Gisele aperta as mãos de Henrique.

 

GISELE: Você me ajudou quando o mundo inteiro me virava as costas, me deixe retribuir aos menos um pouquinho!

 

HENRIQUE: Como um livro poderá salvar uma editora falida?

 

GISELE: As contas estão controladas, só precisamos de um sucesso que ponha dinheiro na caixa da empresa. Eu não quero receber nada a curto prazo, e é um livro feminino, sobre questões muito particulares e caras às mulheres...

 

HENRIQUE: É um nicho interessante e pouco explorado no mercado...

 

Gisele retira o bloquinho da bolsa e entrega a ele.

 

GISELE: Não tive tempo de digitalizar, até no ônibus eu estava fazendo alterações, reescrevendo...

 

HENRIQUE: Vou ler e pensar no assunto, mas não prometo nada.

 

GISELE: Tudo bem.

 

Ela sorri, CORTA PARA:

 

CENA 07 APARTAMENTO DE ANA INT/DIA



 

Ana se abraça com Paulo no sofá.

 

ANA: (Em off) É uma busca perdida e eu sei disso, mas não posso ir contra a força que me empurra para ela... Um carro, duas pessoas que se conhecem desde a infância, que foram namorados e quase marido e mulher...

 

Ela fecha os olhos e encosta a cabeça no ombro do marido, CORTA PARA:

 

CENA 08 APARTAMENTO DE CARLO INT/DIA

 

Carlo e Max conversam sobre os preparativos da viagem.

 

MAX: Da dove vocês vão começar?

 

CARLO: Vamos atrás de um tio dela, irmão mais novo da dona Beatriz. Eles não se falavam a anos, mas a Ana insiste que é por aí que devemos procurar pistas...

 

MAX: Tu vai aguentar o grande amore de la tua vita, assim do tuo lado, e non podendo fazer niente?

 

CARLO: Mesmo todo esse tempo longe, eu nunca senti que estivéssemos afastados, separados para sempre... Mesmo com ela casada com outro homem, eu sempre senti ela em mim, como parte de mim!

 

MAX: Queste anos todos sozinhos te deixaram troppo sentimental...

 

CENA 09 APARTAMENTO DE LIZA INT/DIA



 

Julia e Liza conversam.

 

JULIA: Até hoje não acredito que você parou de cantar para virar dona de casa...

 

LIZA: Eu queria me dedicar ao meu amor, à família que eu construí, mas hoje acho que a minha abnegação não foi suficiente...

 

JULIA: Andam brigando demais? Eu já disse que boi chucro a gente põe no arreio bruto! Você é muito boazinha com o Pedro, ele te faz de gato e sapato!

 

LIZA: Pode ser, e ele não está muito acostumado a ceder. Adoção é um gesto tão lindo, tão corajoso e ele parece repelir a minha vontade como um corpo estranho é espirrado pelo nariz...

 

JULIA: Que imagem repugnante, comparar filho com espirro!

 

LIZA: Não costumo enfeitar palavras, sou o que sou e penso como penso. Acho que é por isso que estão me passando pra trás, ser real tem um preço, ser de verdade tem um preço e estou pagando caro por ele!

 

JULIA: Não exagera, todo casamento passa por um momento meio caído, talvez seja por isso que nunca me casei com o Heitor e tenhamos desistido um do outro... Você sempre foi mais corajosa que eu, por isso lhe admiro!

 

LIZA: Acho que a minha coragem está perto do fim, acho que não vou suportar uma traição...

 

JULIA: (Surpresa) Traição? Você acha que o Pedro pode ter outra? Não é possível!

 

LIZA: Ele sempre foi um cafajeste, ainda que tivesse um verniz de integridade muito convincente: um lobo em pele de cordeiro, como dizem por aí... E eu sinto o cheiro de mulher de longe!

 

JULIA: Eu tenho medo do que você vai fazer, Laura Saboya Trajano!

 

Liza sorri levando a xícara ao lábio, CORTA PARA:

 

CENA 10 EMISSORA INT/DIA

 

Paulo e Lola conversam sobre o figurino de uma nova produção de época.

 

LOLA: Precisamos ter mais cuidados com o feitio dos cabelos, esses fios soltos nos penteados me dão nos nervos! E ninguém pode ficar de franja, ninguém usava franja no começo do século XIX! Os cabelos precisam estar bem presos, bem rentes!

 

Ele não consegue prestar atenção nos apontamentos da figurinista.

 

LOLA: O que aconteceu, você tá com uma carinha tão triste, tão preocupada... E o que eu te falo entra por um ouvido e sai pelo o outro...

 

PAULO: Aconteceu umas coisas com a família da Ana, e tô de mãos atadas, não posso fazer nada... Pior, parece que ela quer me excluir, não quer que eu largue tudo pra tentar resolver, concertar as coisas e isso não é um bom sinal...

 

LOLA: Acho que você tá é fantasiando, a Ana só quer o melhor pra ti. Foca no trabalho e deixa ela se resolver lá com os dela.

 

PAULO: Os dela também são gente minha agora, eu disse isso pra ela.

 

LOLA: Você sempre quis abraçar o mundo, fazer pra todos aquilo que não conseguiu fazer por si mesmo; Mas gentileza tem limite, se a Ana estiver errada você não pode obrigá-la a acertar, deixe ela quebrar a cara sozinha.

 

PAULO: Eu não falei que ela vai quebrar a cara, só estou me sentindo excluído. De que adianta ser indispensável para todo mundo, pra minha mãe, pra vocês aqui na emissora, pros críticos e pro público... Mas não para minha mulher!

 

LOLA: Se te deixa mais tranquilo eu posso falar que tem uns vinte diretores dispostos a te substituírem se você der mole, no mundo pantanoso onde trabalhamos, ninguém liga pra credibilidade e anos de estrada... Daqui a pouco promovem o Nando a diretor geral e te colocam num asilo com vista para um cemitério!

 

Os dois caem na risada.

 

PAULO: Só você para me fazer sentir melhor me comparando com um velhinho de asilo.

 

Ela aperta as mãos deles carinhosamente.

 

LOLA: Mas eu sei que você será um velhinho fofo, doce e gentil! Quem é justo durante uma vida toda, não se torna ranzinza depois dos sessenta!

 

Eles sorriem, CORTA PARA:

 

CENA 11 ESTÚDIO DE FILMAGENS INDEPENDENTE INT/DIA

 

Carlo conversa com a sua equipe técnica e os atores.

 

CARLO: [...] Devido a esse problema pessoal, problema de família. Vou precisar viajar e me ausentar das gravações durante um tempo. Mas fiquem tranquilos, os trabalhos não serão cancelados, pausados ou nada do tipo... Chamei alguém de minha inteira confiança para ocupar o meu lugar, por enquanto: Nando, meu sobrinho, chega aqui!

 

Salva de palmas, Carlo abraça Nando.

 

NANDO: É justo que essa história continue nas mãos de alguém da família, é a história do nosso sangue, dos nossos ancestrais! Fico muito feliz e honrado que o meu tio e vocês confiem em mim, um mísero assistente de direção até então, e vou trabalhar duro para corresponder às expectativas de todos!

 

Carlo e Nando se abraçam escorrendo algumas lágrimas.

 

NANDO: Pelo velho, seja onde ele se enfiou!

 

Bella cumprimenta Nando logo depois.

 

BELLA: Você ainda se tornará um grande diretor, vai dirigir filmes incríveis e novelas inesquecíveis!

 

NANDO: Você já é uma grande atriz, ter sido escolhida como protagonista é a prova viva.

 

BELLA: Não sei se darei conta, é muita responsabilidade, mas obrigada pela confiança.

 

Os dois se abraçam, CORTA PARA:

 

CENA 12 APARTAMENTO DE ANA EXT/DIA


 


Stocks shots do rio anunciam uma curta passagem de tempo: Ana se despede de Gisele e do marido com um abraço embarca numa caminhonete alugada por Carlo.

 

CARLO: Vamos?

 

Ela assente com o olhar e ele põe o pé no acelerador, CORTA PARA:

 

CENA 13 ESTRADA /NOITE

 

Carlo e Ana viajam por uma estrada de terra.

 

CARLO: A gente já viajou muito na companhia um do outro, né?

 

ANA: Sim, mas você viajou mais ainda sozinho. Suas milhas acumuladas são muito maiores que as minhas...

 

CARLO: A mais de um ano que eu não me deslocava pra fora do Rio, chega a hora para todo argonauta desembarcar em algum porto...

 

ANA: Fui eu que te contei sobre os argonautas, os navegantes que precisam reconstruir o próprio barco durante o trajeto...

 

CARLO: E no porto final o barco não era mais o mesmo que era no ponto de partida...

 

ANA: Não estamos procurando o “Velocino de ouro”, e não temos a voz de Orfeu durante o percurso...

 

CARLO: Não somos mais os mesmos, assim como o barco desses heróis milenares, mudamos constantemente, não sei se pra melhor ou pra pior, mas a mudança é nítida... Vou colocar uma música pra gente ouvir!

 

Ele sintoniza o rádio do carro numa estação qualquer, começa a tocar uma música italiana, eles se entreolham, CORTA PARA:

 

CENA 14 APARTAMENTO DE ANA INT/NOITE

 

Leonora descobre sobre a viagem da nora.

 

LEONORA: Você é um frouxo! Como assim deixar a sua mulher pegar um carro, com um ex amante latino e fugir para interior? Vamos ter que inventar uma ótima desculpa para esconder os chifres que começam a despontar na tua testa...

 

PAULO: Sua imaginação é muito fértil, mãe. Não é atoa que você é uma das maiores autoras de teledramaturgia no país, mas pode ficar tranquila, confio inteiramente na minha mulher. Me deu todas as provas de fidelidade que o seu temperamento permite.

 

LEONORA: Sou a maior autora, nem que seja por falta de concorrência, Glória Perez é um incompetente!

 

PAULO: Aceita um chá? Camomila vai fazer bem para os nossos nervos.

 

Ela toma a xícara das mãos do filho com violência.

 

PAULO: Cuidado não se queimar, mamãe!

 

LEONORA: Você é a coisa mais importante, mais preciosa da minha vida! Não vou suportar, não vou permitir que te façam sofrer, que te coloquem em segundo plano!

 

PAULO: Eu sei mãe.

 

Os dois se olham ternamente, CORTA PARA:

 

CENA 15 RESTAURANTE INT/NOITE



 

Pedro e Carla se esbarram num restaurante e se cumprimentam.

 

PEDRO: Que coincidência!

 

CARLA: Eu não me surpreendo de te encontrar aqui, desde que éramos casados você frequenta aqui...

 

PEDRO: E não pretendo mudar, são costumes de uma vida toda, vou levar para o túmulo!

 

CARLA: Que mórbido você está hoje...

 

PEDRO: Estou com fome, preciso alimentar os leões que estão presos no meu ventre, ou eles vão consumir o meu bom estado de espírito! Está esperando alguém?

 

CARLA: Levei um bolo de uns diretores, perdi a viagem.

 

PEDRO: Então jante comigo, vamos fazer companhia um para o outro.

 

Os dois sentam-se em uma mesa.

 

CARLA: E a Liza? Mande um beijo meu para ela, nunca mais nos vimos!

 

PEDRO: Preferiu ficar em casa, comendo pipoca e vendo um filme com uma amiga...

 

Eles fazem o pedido, CORTA PARA:

 

CENA 16 SÍTIO DE FRANCO INT/NOITE



 

Depois de quase um dia de viagem, Carlo acorda Ana quando os dois chegam no Sítio do irmão de Beatriz: eles descem ouvindo o som dos cachorros latindo, vendo a luz parca do ambiente. Franco sai dentro de casa com uma lanterna na mão.

 

FRANCO: Que invasão é essa na minha propriedade?

 

ANA: Sou eu tio, a Ana, a sua sobrinha!

 

Em franco perplexo, CORTA PARA:

 

CENA 17 RESTAURANTE INT/NOITE

 

Carla e Pedro se divertem, num jantar bastante agradável.

 

CARLA: Seus leões estão bem alimentados agora?

 

PEDRO: Consideravelmente. Mas agora eles rugem por um pouco mais de vinho tinto!

 

Ele faz o pedido ao garçom.

 

CARLA: Tenha cuidado, seus leões vão acabar ficando bêbado!

 

PEDRO: Servem vinhos nas igrejas, não é pecado bebe-lo num jantar.

 

CARLA: A diferença consiste na quantidade, beba com parcimônia meu caro!


Os olhos dela brilham.

 

FIM DO CAPÍTULO.




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