Holofotes - Último Episódio

                                     

Série criada e escrita por:

Thiago Figueroa

 

Personagens deste episódio

 

RITA..................................................ROSAMARIA MURTINHO

STELLA...............................................ARACY BALABANIAN

DIONÍSIO.................................................................LIMA DUARTE

LEONORA..............................................................GLÓRIA MENEZES

PAULO SÉRGIO...................................................DANIEL DE OLIVEIRA

ANTÔNIA....................................................................VITÓRIA STRADA

VÂNIA........................................................................MARIANA XIMENES

ERNESTO..............................................................RÔMULO ESTRELA

CARLOS..................................................................ARY FONTOURA

ALBERTO.................................................................CÁSSIO GABUS MENDES

EUGÊNIO................................................................FRANCISCO CUOCO

HEITOR……………………………………………… REGINALDO FARIA

LORETA………………………………………………... ISABELA GARCIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cena 1. Programa de Leonora. Interior. Noite

Sonoplastia: Até o final desta cena 

 






Rita é entrevistada por Leonora.

Loreta – Evidente que todos querem saber sobre o caos que duas atrizes que se odeiam podem causar quando dividem o mesmo set. Mas... O que eu quero com esse filme é mostrar o que está por trás de uma rivalidade.

Leonora – A Stella no caso é sua mãe... Então imagino que tenha acompanhado bem de perto as suas etapas.

Loreta – De certa sim... Mesmo eu estando em um internato na Europa e ela gravando uma novela atrás da outra por regra do contrato da emissora.

Leonora – Vocês então não eram tão próximas?

Loreta – Eu diria que era uma relação complexa... Como tudo que abrange uma grande estrela. Não é todo mundo que tinha mãe que sempre apresentava um novo pai ou decidia mostrar os seus filmes para os seus amigos... Quando o meu pai morreu... Eu percebi que nós precisávamos superar nossas questões internas.

Corta para:

Cena 2. Mansão de Stella. Interior. Manhã

Stella e Loreta conversam em sofás da sala.

Loreta – Fico feliz que estará na estreia.

Stella – Pelo que eu vejo a sua carreira de escritora está rendendo muitos frutos. Mas ainda acho que teria futuro como atriz se não tivesse desistido com tanta facilidade.

Loreta – Como assim?

Stella – Lembra quando eu consegui te colocar na sua primeira e você não aguentou duas broncas do Avancini?

Loreta – Eu nunca quis ser atriz, você que decidiu que seria melhor pra mim. Mas obviamente tentava me mostrar que eu nunca iria superá-la.

Stella – Contou isso no seu livro?

Loreta – Se tivesse lido, saberia que o livro foi exatamente sobre isso. Sobre a minha infância, minha adolescência... minha vida até eu me tornar escritora. É claro que você estava lá, mas é muito difícil aceitar que não é sempre o Sol em que todos orbitam.

Stella – Você me acha esse monstro todo? Eu sempre tentei ser uma boa mãe, me desculpa se eu não era do tipo de ficar em casa fazendo biscoitos.

Loreta – Não... Não! Você só tem dificuldade para aceitar os holofotes apontados para os outros.

Loreta se levanta

Loreta - Enfim... Ficarei feliz se ainda for ver o filme.

Loreta se retira da sala.

Corta para



 

Cena 4. Restaurante. Interior. Manhã




Stella e Leila conversam em uma mesa.

Stella – Eu sempre quis fazer uma advogada. Uma vez um autor ia escrever uma novela sobre uma grande advogada que descobre que o seu cliente é o líder de uma organização criminosa. Só que aí me chamaram para fazer a mãe dela.

Leila – (Com o roteiro em mãos) Bem... Este aqui é uma comédia sobre uma advogada divorciada de um também advogado. Os dois costumam ficar de lados opostos nos mesmos casos.

Stella – Eu aceito!

Leila – Mesmo?

Stella – Eu preciso de um trabalho.

Leila – Esse eu acho que irá passar longe das premiações.

Stella – Bom... A Katharine Hepburn por enquanto ganhou o Oscar três vezes, ou seja, nem ela ganhou em todos os trabalhos.

Leila – Mas pelo menos eu acho que vai fazer muito sucesso, o filme da Loreta logo logo entrará em cartaz.

Stella – Acredita que eu tentei participar desse filme? Disseram que eu não era a atriz indicada para o papel de Shirley. Aparentemente eu não sirvo nem para interpretar eu mesma.

Corta para: 

Cena 5. Restaurante. Interior. Manhã

Eugênio, o gerente do restaurante, atende um casal em uma mesa. Em seguida ele vai até a mesa de uma mulher que a chama enquanto cobre o rosto com um cardápio.

Eugênio – Pois não? 

A mulher tira o cardápio, revelando ser Stella.

Eugênio – A que devo a honra da presença de uma estrela?

Stella mostra um roteiro.

Stella – Tome! É uma série! Acho que tem um papel perfeito para você.

Eugênio – E por que do nada decidiu se preocupar comigo?

Stella – Eu queria retribuir por não contar o que sabe para o filme da minha filha, e também evitar que um dia mudasse de ideia e fosse atrás de algum colunista. Tenho certeza que nenhuma nota seria  mais interessante que a história de uma jovem atriz que traia o marido com um ator do elenco de apoio.

Eugênio – Ao menos você sempre aceitou cobrir as ofertas dos jornalistas.

Stella – Você deveria fazer isso por gratidão. Eu que ajudei na sua carreira.

Eugênio – Você arranjou pra mim o papel de mordomo com menos de duas cenas por capítulo.

Stella – E anos depois você era protagonista de uma novela da Janete Clair, enquanto eu fazia dona de bordel em outra novela. Quem é mais inteligente que um coelho percebe que atores envelhecem e as atrizes são substituídas. Mas uma hora todos se tornam descartáveis, e eu não tenho culpa de você não soube aproveitar o seu prazo de validade maior.

Corta para:

Cena 6. TV Astro. Interior. Manhã

 



Stella entra no estúdio, cumprimentando todos enquanto anda. Corta para Stella gravando uma cena em uma cadeia cenográfica, com um ator atrás das grades.

Stella – (Atuando) Eu farei de tudo para te tirar daqui!

Diretor – Corta!

Stella olha os figurinos em um camarim.

Stella – (V.O) Quando eu vou fazer uma personagem, eu fico ansiosa para olhar o meu figurino. Eu sempre digo que uma roupa pode dizer muito.

Stella grava uma cena ao lado de um papagaio.

Stella – (Atuando olhando para o papagaio) Ele estava na cena do crime. Talvez ele consiga repetir alguma frase que foi dita na hora que nos ajude a entender o que aconteceu. (Apontando para o papagaio) Pode abrir o bico!

O papagaio bica o dedo de Stella, fazendo a atriz sair da personagem.

Stella – Aí! Esqueceram de alimentar?

Stella se maquia no espelho do seu camarim. 

Stella – (V.O) Quando eu trabalhava anotando pedidos, quem eu atendia mal olhava no meu rosto... Era como se eu não existisse... Por isso eu nunca saí por aí disfarçada e nem criei personagem fora das câmeras. Quero que as pessoas me reconheçam e vejam quem eu realmente sou. Não importa que me amem ou me odeiem.

Stella anda pelos estúdios com um pacote em mãos.

Stella – Eu não tenho problemas em contracenar com atores iniciantes. As futuras estrelas precisam começar de algum lugar. Eu fico feliz em ajudar com a vivência de quando estive nesse lugar.

Stella entrega o pacote para uma atriz na faixa dos 20 anos.

Stella – Espero que goste!

Atriz – Muito obrigada!

A atriz abre o presente, que nada mais é que a biografia de Stella. A atriz fica sem reação, mas logo força um sorriso.

Stella – Uma história sobre resiliência e superação, valores importantes para uma sociedade. 

Stella está em uma cena contracenando com Eugênio.

Stella – (Saindo da personagem) Eu não vou beijar esse velho caquético!

Corta para:

Cena 7. Mansão de Rita. Interior. Noite

Rita, com um longo roupão preto, está em um sofá e Leonora em outro.

Rita – (Lendo um jornal) ‘’A atriz Stella Mancini recusa-se a gravar cena de beijo com ex-marido Eugênio , além de se referir ao ator como velho caquético’’. Velho caquético (Risos). Não me aguento nessa parte. Se apareceu no jornal mais popular da cidade todos devem ter visto, não é mesmo, Leonora?

Leonora – Quem história absurda.

Rita – Mas é real, te juro! Presenciei com meus próprios olhos e ouvidos.

Leonora -  (Com tom de pena) Será que a Stella já viu a matéria?

Rita - Guarde sua comoção. Ela deve estar é realizada, foi matéria de capa (Mostra a capa para Leonora).

Leonora - Os jornais são insaciáveis.

Rita - Isso nós já estamos exaustas de saber, a prática serviu de alguma coisa. Mas da mesma forma que eles se aproveitam de nós, vários se aproveitam do espaço que ganham.

Corta para:

Cena 8. Mansão de Rita. Interior. Noite

Sonoplastia: Até o final da cena 9

 


Rita está em seu quarto falando ao telefone.

Rita - (Folheando um roteiro) Sim, Menezes! Estou lendo os roteiros. 

Rita joga o roteiro em uma lata de lixo cheia de outros roteiros. Em seguida é mostrado Rita olhando a vista pela janela.

Rita - (Em off) Há um provérbio chinês que diz que o homem precisa ser um guerreiro quando jovem, para ser um sábio quando velho. É impressionante como a cultura oriental tem uma forma diferente de ver quem envelhece, valorizando as experiências adquiridas. Lá eles se preparam mentalmente para a velhice, já desse lado do mundo eu digo que a gente precisa se preparar para os problemas que nos acarretam, todos nos vendo como uma sombra do que já fomos.

Corta para Rita abrindo a porta da mansão, se deparando com Carlos do outro lado.

Rita – O que faz aqui? 

Carlos – Vim te entregar as fitas dos seus últimos trabalhos. Você esqueceu de pedir e eu tinha esquecido de te dar. Sei que vai adorar como recordação.

Corta para:

Cena 9. Mansão de Rita. Int. Manhã

SONOPLASTIA: (Até o fim desta cena)

Rita é atendida por um médico em sua sala.

Médico – A senhora tem o hábito de beber com que frequência?

Rita – Não estou em condição de desprezar a amizade de uma taça de champanhe.

Médico – Mas alguém na sua idade não pode exagerar dessa forma. Recomendo diminuir também o ritmo, pode ter fazer bem dar uma para cuidar de si mesma, respirar outros ares...

Rita - Doutor! Trabalhar é o que me faz bem. Quero morrer enquanto um holofote me ilumina.

Corta para:

Cena 10. Mansão de Rita/Saguão de um hotel. Interior. Noite

 Rita está deitada em sua cama assistindo "A Malvada" em sua televisão, até que o telefone toca. A atriz atende. Se trata de Rebeca na outra linha falando no saguão de um hotel sofisticado.

Rebeca - Tia... Eu... Posso ficar uns dias na sua casa?

Rita - O que aconteceu? 

Rebeca - O Roberto! Eu... Achei que estivesse tudo bem, mas hoje ele disse que achava melhor acabar com tudo. Acho que ele encontrou outra pessoa.

Rita - Não precisa dizer mais nada! Venha pra cá! 

Corta para Rita com um gatinho em mãos abrindo a porta, revelando Rebeca do outro lado.

Rebeca - Eu só vou ficar por uns dias! Acho que vou para um chalé na Inglaterra ficar vendo a neve. 

Rita - Não precisa se preocupar com isso agora.

As duas se abraçam.

Rita - Pensa que quando a neve derreter o chão vai ficar sujo de lama. (Mostrando o gato) Esse aqui é o Frank! Ele agora tem um novo lar. Eu realmente acho que os animais devem ser companhias melhores. 

Corta para:

Cena 11. Mansão de Rita. Interior. Manhã

SONOPLASTIA: (Até o fim da cena 12)



Rita está sentada em um sofá da sala enquanto um homem, em outro sofá anota tudo que ela diz.                                                  

Rita – Aqui não é tão diferente de Hollywood, também tentam vender uma vida longe do realismo, um reflexo das novelas, filmes... Mas a graça das obras é justamente tentar pegar algum aspecto da beleza da vida real.

Homem – Sua biografia está ficando ótima. Há mais alguma semelhança que você constatou entre a indústria televisiva daqui e Hollywood.

Rita – Sim, na forma como criam estrelas, iludem e depois deixam cair, a menos que consigam se aproveitar de alguma. Vendo Baby Jane recentemente, não tinha como não perceber que Stella e eu passamos pelo mesmo que Bette e Joan passaram. Emissora, imprensa, academia, todos aferiram lucro de alguma forma com o ódio mútuo. No fundo não éramos tão diferentes, sentimos o peso de envelhecer diante dos holofotes.

A CAM mostra Margo na porta com Roberto.

Margo – Muito obrigada pelo convite!

Roberto – Eu que agradeço pela companhia. Foi bastante agradável. Faz tempo que eu não tenho dia assim.

Margo – E fazia tempo que eu não tirava um dia para ser pensar em mim.

Roberto – O que acha de jantar lá em casa amanhã para... devolver o discos que eu deixei aí?

Margo – Eu... Adoraria!

Corta para prêmios e antigas fotos de Rita em uma estante. É mostrado a atriz olhando para tudo isso.

Rita - (V.O) Certamente quando as pessoas me reconhecem em algum lugar só devem lembrar dos meus trabalhos antigos. Hoje eu penso que isso pelo menos é alguma coisa. Quantas pessoas não queriam um legado? E quantas não estão começando agora e acham que estarão para sempre por cima. O que você encontra quando chega no topo de uma montanha? Uma descida!''

Corta para:

Cena 12. Restaurante. Interior. Noite

Rita conversa com Alberto em uma mesa.

Alberto – Espero que você não desista de retomar a nossa parceria. Eu prometo que sairá do papel.

Rita – Eu não faria isso nem se o Hitchcock me convidasse para algum filme (Risos). Mal vejo a hora de colocarmos colocarmos mais um trabalho no ar. Quem sabe um dia não conseguimos fazer ''Crepúsculo dos Deuses''. Espero que você não ache outra Norma Desmond.

Alberto - Não conheço atriz que pudesse fazer melhor. 

Rita – Pedi logo porque vai que você chama a Stella. A parceria entre vocês anda dando tão certo.

Alberto – Você está acompanhando a série?

Rita – Sim! E a Stella até que está se saindo bem. Se isso que eu disse chegar aos seus ouvidos eu te mato (Risos).

Corta para:

Cena 13. Estúdio. Interior. Manhã

Lê-se 1988. Dionísio e Carlos andam por um estúdio com várias pessoas cuidando da construção na parte interna.

Dionísio – (Tira o cigarro cubano da boca) Você vai ver, Menezes! Quando esse estúdio estiver funcionando não terá fonte de entretenimento maior em na América Latina (Abre os braços).

Carlos – Sua expectativa irá se concretizar, só temos a crescer cada vez mais.

Dionísio – É isso que eu gosto de ouvir!  Mas claro que para isso as obras precisam estar à altura desse estúdio. Mas creio que isso não seja um problema, não é mesmo? (Dá um tapa no ombro de Carlos)

Carlos – (Gaguejando) Claro que não! Farei os autores trazerem o melhor de si e ai daqueles que ficarem enrolando.

Dionísio – Agora vamos! Preciso cuidar de tudo para poder ficar livre de noite.

Corta para:

Cena 14.  Mansão de Rita/Quarto de Rebeca. Interior/Noite

Rita, em sua sala, está ao telefone conversando com Rebeca.

Rita – Claro que irei ao seu desfile, Rebeca!

Rebeca – Ainda bem! Conto muito com a sua presença.

Rita – Eu jamais deixaria de ir te prestigiar.

Rebeca – Aceita jantar comigo hoje mesmo?

Rita – Adoraria! Mas não posso. Podemos almoçar amanhã, combinado? Beijos (Desliga o telefone).

Dionísio aparece com duas taças de dry martini.

 




Dionísio – Sabe que essa foi a noite mais divertida que eu já tive em uns dez anos?

Rita – Mesmo? Vai me dizer que o dono de uma emissora de televisão não teve noites mais animadas?

Dionísio – Você está confundindo isso com diversão. O máximo de diversão que eu tinha era derrotar trouxas no carteado. (Faz uma pausa) Eu sei que você deve me achar uma pessoa sem qualquer prendimento.

Rita – Ah, o que é isso!? Acho que isso não vem ao caso. Você achava alguma coisa sobre mim?

Dionísio – Você sente falta de companhia?

Rita – É claro que há momentos eu que eu me sinto só. Imagina ver várias matérias ressaltando ''Obcecada pela carreira termina mais um casamento''... Mas eu aprendi a lidar com isso. Acho que se você está em má companhia, você também está só.

Dionísio – Então você é o que eu achei que você fosse: Forte! Mas ao mesmo tempo fascinante quando se abre e permite descubram mais sobre você.

Rita fica encantada.

Rita – Bom... Eu não esperava por isso... Uau!

Corta para:

CENA 15. ESTÚDIO NOVO. INT/NOITE

 


Festa elegante para a inauguração do novo estúdio. Lê-se Meses depois. A CAM mostra várias pessoas de pé olhando para um palco. Incluindo Rita, Stella, Carlos, Alberto, Paulo Sérgio, Leonora, Vânia e Antônia. Stella conversa rapidamente com Antônia.

Stella – Sabe que não seria ruim um filme sobre mim. Quem sabe você não faz minha versão jovem (Risos).                                                           

As luzes se apagam. Dionísio aparece em um palco com um microfone. Ele discursa enquanto é filmado. A CAM durante isso vai focando nos rostos dos personagem que estão assistindo e mostra também pessoas assistindo em televisões.

Dionísio – Boa Noite! É uma honra para mim e para essa emissora a inauguração desse novo estúdio. Tudo isso para você, nosso público que nos acompanha e nos faz existir.

Rita e Stella, de longe, se encontram, mas depois voltam os olhares para Dionísio.

Dionísio – Estamos aqui para fazê-los rir, chorar, viver e se emocionar, pois é isso que nos alimenta e nos faz criar mais arte. A arte nada mais é do que uma forma de enxergar a realidade. 

Corta para:

CENA 16. Mansão de Rita. Interior. Noite

 Sonoplastia: Até a cena 17



Rita assiste Televisão em seu quarto, até que começa a ter uma imaginação.

Imaginação:

Rita, Alberto e Vânia conversam à mesa.

Rita – Vocês precisam ver mesmo como foi, o assaltante aceitou não levar a bolsa da Glória Menezes em troca de um autógrafo (Risos).

Alberto e Vânia riem também. Stella entra e vai até a mesa.

Stella - Desculpem o atraso. Queria dizer que foi porque vários fãs não me deixam sair de casa, mas foi só por ficar procurando um casaco (Risos).

Rita - Eu estava contando da vez em que eu estava gravando uma externa de uma novela em uma praça e assaltantes acabaram aparecendo.

Stella - Você adora contar essas suas histórias. Não acreditem tanto nela, já gravou tanto que pode estar é contando o que estava em roteiros.

Rita - Conta alguma coisa, aposto que sabe o podre de alguém.

Stella – Vão ter que esperar eu esvaziar ao menos três taças

Volta para Rita pensativa em seu quarto.

Corta para:

 

Cena 17. Cinema. Interior. Noite



Margo e sua assistente Carmem lugares dentro da sala para se sentarem. Loreta, que está sentada, se vira e percebe a mãe de pé. A atriz percebe que foi notada e as duas trocam sorrisos. A câmera em seguida mostra Rita sentada. As luzes se apagam e o filme começa. São passados vários trechos do filmes enquanto a câmera foca em Rita e Stella assistindo. Um enorme FIM gigante e em letra garrafais encerra o filme. O público do cinema aplaude com fervor. A câmera alterna entre Rita e Stella felizes com a recepção do público.

A palavra FIM aparece em letras garrafais.

 

Nossa jornada chega ao fim. Tudo isso foi só possível porque várias pessoas contribuíram:

JÚLIO: Responsável pela abertura, pelos banners e pelo logo;

EDUARDO DRUMMOND: Responsável pelos banners na exibição original;

FLÁVIA: Que ajudou na criação de ideias; 

E CLARO: Aos demais que leram e compartilharam essa série. É uma honra saber que esse projeto fez parte de alguns momentos dos seus dias.

 

OBRIGADO.

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