CAPÍTULO 13
RETA FINAL
NOVELA DE:
Du
SUPERVISÃO DE TEXTO:
Vanessa
Dias
PARTICIPAM
DESTE CAPÍTULO:
Paolla
Oliveira –
LORAYNE
Malu
Mader – LÍVIA
Rodrigo
Santoro – LUCAS
Reginaldo
Faria – MENEZES
Bruno
Ferrari – DON
Sergio
Guizé – CHICLETE (participação especial)
Continuação do capítulo anterior.
CENA 01 –
Apartamento de Don / Interior / Noite
Lorayne entrega um veneno nas mãos de Chiclete.
CHICLETE – Veneno?
LORAYNE – Isso mesmo. Eu quero que você coloque este veneno
em cada ingrediente, cada preparativo que estiver naquela fábrica. E todos que
a partir daí consumirem cada bolinho vindo da Doce Prazer... Vai cantar pra
subir!
Don interrompe.
DON –
Lorayne, isso é muito arriscado!
LORAYNE – Não
é não. Isso é pouco perto do que eu vou fazer com aquela família.
DON – Você
me disse que todos os bens dos Ferrero já estavam no seu nome. Isso não é o
suficiente?
LORAYNE – Era o suficiente até me humilharem, me escorraçarem
daquela forma. Agora eles vão viver o inferno enquanto eu estiver aqui.
Chiclete entra na conversa.
CHICLETE – Isso aqui não tem perigo de matar alguém?
LORAYNE – Matar, matar... Não. No máximo vai fazer a pessoa
ficar uns dias no hospital. Agora, se alguém fraco consumir o alimento eu não
me responsabilizo.
DON – Isso
não vai dar certo...
LORAYNE – Para
de gorar o plano! Confia em mim, isso vai dar certo e nós vamos ser muito bem
recompensados. Chiclete, pega seu carro porque você vai fazer o trabalho agora!
CHICLETE – Agora?
LORAYNE – Exatamente. Vem, no caminho eu explico.
Corte:
CENA 02 – Sala
da Mansão Ferrero / Interior / Noite
Lívia está sentada no
sofá, segurando uma foto de suas filhas. Lucas chega.
LUCAS – Finalmente eles conseguiram dormir. Que dia
horrível.
LÍVIA (lacrimejando) – Se foi horrível pra vocês, imagina pra mim.
Descobrir tudo isso de uma forma tão monstruosa.
LUCAS – O
meu pai tá acabado, ele tá se culpando pois foi ele quem começou com isto tudo
e praticamente colocou a Lorayne dentro desta casa.
LÍVIA – Eu
imaginava que a Victória tinha lhe falado da Lorayne...
LUCAS – A
Victória nunca foi de tocar em assuntos familiares desde que chegou aqui. Ela
sempre dizia que não tinha família...
LÍVIA (chorando) – Foi tudo culpa minha. Se eu não tivesse discutido
com ela daquela forma nada disso teria acontecido, nós estaríamos felizes lá em
Trunfo Verde.
Lucas se agacha diante de Lívia e lhe dá um
abraço.
LUCAS – A
senhora pode ter certeza que a culpa disso tudo não é sua.
LÍVIA – Você
é um homem de ouro. Eu tenho certeza que a Victória foi muito feliz ao seu
lado... Agora eu tenho que voltar pra Trunfo Verde.
LUCAS – Deixa
que eu te acompanho até o terminal, sair sozinha essa hora da noite é muito
perigoso.
Lucas e Lívia se abraçam.
CENA 03 –
Entrada da Fábrica / Exterior / Noite
Instrumental da cena
(até o fim da cena 04) –
Lorayne e Chiclete
chegam na fábrica, ela estaciona o carro.
LORAYNE – É como eu te falei, todos os funcionários daqui
foram trabalhar lá na mansão e só voltam amanhã. E sobre as câmeras de
segurança também não precisa se preocupar, o meu contato aí de dentro já
conseguiu desligar todas. Agora, só faz o que eu te falei, não deixa nenhum
tipo de rastro, você vai ganhar muita grana se isso for bem executado!
Chiclete concorda e sai do carro.
CENA 04 –
Fábrica / Interior / Noite
Está tudo escuro.
Chiclete entra com uma lanterna e vai até os preparativos e ingredientes de
todos os doces que estão sendo fabricados. Ele despeja o veneno em cada um
deles.
Corte para abertura:
CENA 05 – São
Paulo / Exterior / Dia
Fade In –
Dias depois. Um plano aéreo segue
pela cidade de São Paulo ao som de “Positions”.
CENA 06 –
Apartamento de Don / Interior / Dia
Instrumental da cena
(até o fim do capítulo) –
Don está na sala.
Lorayne chega trajada com um belo conjunto preto.
LORAYNE
(desfilando) – Notas
para o meu look?
DON – Zero. Lógico que você vai sair na rua vestida
assim? Vão pensar que você tá voltando de um enterro.
LORAYNE – Mas é um enterro. É hoje o enterro de toda a
reputação dos Ferrero.
DON – Peraí,
Lorayne, você vai aonde?
LORAYNE – Eu vou ir na fábrica. Faço questão de ver a queda
do império com os meus próprios olhos. Liga a televisão, você vai entender!
Lorayne pega sua bolsa e sai do apartamento.
Corte:
CENA 07 –
Doceria Doce Prazer / Exterior / Dia
Uma equipe do jornal
local de São Paulo está noticiando um acontecimento na doceria Doce Prazer.
JORNALISTA – Estamos aqui na frente da Doceria Doce Prazer.
Várias pessoas não estão se sentindo bem...
Uma mulher interrompe a jornalista.
MULHER (gritando) – TEM GENTE PASSANDO MAL!
JORNALISTA – Me desculpe, Renata. Mas a situação é essa. E a informação
que tivemos até agora é que a fábrica Doce Prazer terá que ser fechada até
descobrirem o que faz todas as pessoas se sentirem mal após consumir alguma
coisa vindo da mesma! É com você, Renata.
Corte:
CENA 08 –
Escritório de Menezes na fábrica / Interior / Dia
Menezes e Lucas estão
conversando.
LUCAS – Bem que o senhor me falou que essas trufas iriam
fazer um tremendo sucesso...
Um oficial de justiça entra no escritório.
MENEZES (assustado) – O que é isso? Como você entra
sem permissão?!
OFICIAL DE
JUSTIÇA – Menezes
Ferrero? Eu venho lhe trazer um comunicado de que, por
questões de saúde, a fábrica Doce Prazer terá que ser desativada imediatamente!
MENEZES
(chocado) – Como...
Como assim?
Menezes
começa a sentir fortes dores no peito. Ele fica ofegante, com falta de ar.
LUCAS
(desesperado) – Pai?! Fala comigo, fica aqui comigo! ALGUÉM CHAMA A AMBULÂNCIA!
Lorayne,
escondida, dá um sorriso diante da situação. A câmera volta para Lucas acudindo
seu pai. Congela em Menezes, já sem vida.
Corta para:
FIM DO CAPÍTULO.